segunda-feira, junho 21, 2004

Fashion Wicca - Parte 2

Natureba para poucos

Infelizmente nada dura para sempre. Saímos de lá meio que atordoados de tantos prazeres. Tínhamos umas duas horas para o desfile da Ellus 2nd Floor. Qual estande entrar? Na verdade, a pergunta mais coerente com a realidade medieval - no mal sentido - do SPFW seria: em qual outro estande temos chance de entrar não possuindo nenhum título de nobresa?
Com a sorte que todo cara-de-pau tem neste mundo, me lembrei que meu pai é amigo de infância dos donos da Natura. Bem lembrado, e uma boa razão para testar o sistema rígido de castas do SPFW.
Me dirigi de forma direta e clara para a loira que recebia as pessoas que se aglutinavam em torno dela. Deixando o ouvido um pouco mais direcionado, dava para captar os mais estranhos chavecos para conseguir entrar no estande. Não demorou muito, e uma superior apareceu, e tudo liberado.
O cheiro no ar de fragâncias cruzadas já podia ser sentido logo na entrada. Várias pias estavam dispostas no meio do saguão, e um rapaz ou uma moça sempre estava ao lado, mostrando algo em forma de garrafa de poção mágica.
Me aproximei do primeiro, e não estava entendendo direito. Ele me dizia de uma tal água para banho, e pedia para molhar a mão na pia. A água de banho vinha da pia? Não. Na verdade, não. A pia era para molhar a mão, simulando um banho.
Provei das 6 fragâncias disponíveis. Muito boas mesmo. É uma linha de produtos que a Natura buscou criar um conceito de "Brasil Natureba e Popular", usando sementes, madeiras e flores da amazônia e uma tirinha, tipo aquelas de santo do Bonfim. A mistura de todas elas na mesma mão é melhor ainda.
Depois ganhamos um batom que eu aproveitei para dar de presente. Nada se perde, tudo se transforma. É bem por aí mesmo.
Seguiria falando do desfile da Ellus, mas não sei se vale muito a pena. Acho que não sou muito fã de moleton. Preguiiiiiiiiça.....