quarta-feira, junho 28, 2006

Se é a intenção, então tudo bem...

Esta é a frase do momento nos shows, exposições, mostras, etc. etc. etc... O show é uma b... , tudo desafinado, mal tocado, mal feito. Mas é a intenção dos caras... Você é que não entendeu nada... Insensível!

E assim seguimos na contemporaneidade...

domingo, junho 25, 2006

Um pouco de Surrealidade neste inverno


Hoje acordei com um sonho bizarro, onde eu era uma espécie de falsário intruso (minha maior fantasia não sexual... rs) morando numa casa milionária, cujos donos eram espécies de pais adotivos hyper protetores.

Alguém já viu aquele filme "Pegue-me se for Capaz" ou algo do gênero, com os queridíssimos Tom Hanks e Leozinho diCaprio? LdC interpreta uma espécie (adoro esta palavra!) de psicótico-esquizofrênico-naïf-do-bem, que finge ser piloto de avião, médico e advogado e falsifica cheques em toda América, e é descoberto pelo heróizinho FBI TH, que passa o filme a perseguí-lo sem muito êxito.

Enfim, eu era uma (... não, não vou falar espécie de novo... ) versão brazuca do Jack (personagem do DiCaprio) e o meu suposto pai adotivo tinha a cara do Antônio Fagundes. Nada de enredos complexos. Foi só uma cena, no meio de outras bizarrices que não vem ao caso neste momento.

Ao sonho. Estava nesta tal casa, e por algum motivo eu queria muito entrar num quarto dos fundos, e por algum outro motivo mais desconhecido ainda, era proibido. Eu entro. Fecho a porta e tranco como os fechos de banheiro. Tudo está escuro, e a única luz no ambiente vem da janela. Uma luz difusa amarela. Caminho até a janela. Vejo a parte de trás do meu prédio na vida real. Estas coisas bizarras de sonhos ... De repente... ah.... climax!

O suposto Antônio Fagundes entra e caminha em minha direção me olhando nos olhos. Penso: fudeu! Mas como sempre trapaceio nos meus sonhos, isto é, toda vez que chego numa situação limite de constragimento extremo ou ameaça de vida eu consigo manipular a narrativa a meu favor, e me safar.

Um parêteses ( Eu já passei por esta experiência diversas vezes, e achava que isto era corrente na população como um todo... descobri a pouco que não... pelo menos para quem eu andei perguntando... e vc? me ajude a encontrar semelhantes....)

Neste caso, eu crio uma sequência lógica favorável a minha furtividade: estava escuro e havia uma cama atrás de mim, logo ele pode não ter me visto. Então, penso como narrador observador: ele não me viu de fato, ficou apenas desconfiado, caminhou para averiguar sua desconfiança, mas consegui ser mais rápido e entrei embaixo da cama silenciosamente. À príncipio dá certo. Faço um barulho esbarrando numas coisas. Fico tenso. Uma voz aparece do além me dedurando. Era uma amiga minha que vi nesta sexta, a Irina. Sabia que era ela, pois ela fala um português macarrônico mezzo hispânico mezzo non sense. Sabe lá Deus porque ela estava lá.

Saio correndo na escuridão sem que eles me vejam. Sempre usando dos meus recursos trapaceiros de sonhos. Pulo de uma janela super alta, e apesar das minhas deficiências físicas (braços fracos, dores nas costas e falta de preparo físico), consigo milagrosamente cair no chão sem me machucar. Já é dia. Nem imaginava isso, e só agora, escrevendo percebo o caos disto tudo. Entro pela porta novamente e encontro a minha suposta mãe adotiva. Digo oi, ela me abraça calorosamente. O tal Fagundes vem ao encontro dela, e como se nada fosse absurdo, ele está com outro rosto: John Malcovich.

- Fique tranquilo. Sua primavera será quente, nós vamos garantir isso... - diz ele carinhosamente de forma bastante paternal.

Primavera tem um sentido muito forte para mim. Felicidade, amor correspondido, o anti-inverno que tanto me apavora, e diz muito da minha vida amorosa atual(ui!) ... aliás, em meus sonhos sempre há um momento deste, e geralmente eu acordo... não foi desta vez... Maluquíssimo!

- Tudo bem. - Respondo.

- Foi vc que trancou a porta do quarto ontem anoite?

- Sim, eu saí e achei que tinha que trancar tudo. É mais seguro não? Supostamente é proibido trancar aquela porta também. Não sei muito bem porque.

Corte seco. Apareço num jardim, onde um amigo de infância, o Bocão está colhendo florzinhas silvestre num jardim mal cuidado, bem tosco. Sujo, de aspecto abandonado, tipo estes pedaços de terra gramada em camping vagabundo de país sub-desenvolvido (adoro esta expressão...) sabe? Meu pai aparece ao meu lado, e me pergunta porque eu não falo com meu amigo.

- Não pai. ele não é o Bocão. É um ator fazendo o Bocão.

Ao seu lado, está uma espécie de cachorro feito de jardineira de cimento pintada de cal, com algumas plantas de pobre. Podem imaginar? Vamos lá...

imagine uma jardineira de cimento, tipo aquelas que tem em janelas e varandas, e geralmente o povo planta Gerânios rosas e vermelhos, sabe? Gerânios são flores pequenas de cores bem fortes, com uma folhagem clara e quebradiça. Enfim, imagine uma jardineira desta muito grande, do tamanho e formato de um jacaré. A jardineira então é maior e mais alta perto da cabeça, e vai afilando como um corpo de réptil, configurando assim sua calda. Sua maleabilidade é perfeita, e seu comportamento é definitivamente canino. Sem dúvida, é um cachorro mezzo jardineira mezzo jacaré. Uma imagem que pode ajudá-los: aquele dinossauro cascudo e meio louco que faz papel de cachorro de um brontossauro dondoca (dublado pela Hebe Camargo) e uma senhora velha Tricarátops (dublado pela Nair Belo) no filme Dinossauro da dysney, sabem?

Estou eu lá, observando esta dupla bizarra, e acho que acordo por aí... Recebi um torpedo. Um convite para velejar... surreal...